ONDA|ECO|Clima
Posted by GWC - Brasil on 14:50
O clima do nosso planeta está mudando rapidamente nos últimos tempos, o que ninguém quase não percebia, alguns anos atrás, hoje, é notório os ciclones, queimadas, mudanças bruscas de temperatura, temperaturas com mudanças radicais no mesmo dia, calor intenso fora de época, frio em pleno verão, entre outras situações, vem realmente mostrando que o clima mudou no planeta.
O efeito estufa (retenção do calor solar por certos gases atmosféricos), vem sendo palco de discussões no mundo todo, desde 1970, discutidos com autoridades no assunto, em 1988 foi criado o IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é um órgão composto por delegações de 130 governos para prover avaliações regulares sobre a mudança climática. Nasceu em 1988, da percepção de que a ação humana poderia estar exercendo uma forte influência sobre o clima do planeta e que é necessário acompanhar esse processo. Veja gráfico:
Todo o processo sobre as questões climáticas chegou ao conhecimento popular só em 1995 e de lá para cá, nada de bom aconteceu, nesse sentido, o ser humano ainda não entendeu que precisa para hoje, agora, neste milésimo de segundo, em uma piscada de olhos, a mudar suas atitudes referente ao planeta. Veja gráfico da variação da temperatura global (em vermelho) e de concentração de dióxido de carbono em ppm-partes por milhão (em azul) - presentes no ar nos últimos 100 anos.
No inicio do século XXI, esse assunto entrou definitivamente ao cenário mundial, com referencias de apelo popular e considerando as preocupações sociais, financeiras e econômicas, entorno da ecologia, da biodiversidade e mais recentemente da sustentabilidade.
O cidadão (pessoa física) toma ciência que pode contribuir para retardar e quem sabe até conter a mudança climática. Não perca em breve, quais são essas medidas.
Notícias sobre o assunto
plataforma glacial na distante Antártida. Saiba por que você deveria se preocupar com isso.
Um iceberg três vezes maior do que a cidade de São Paulo pode estar para se desprender de uma plataforma de gelo na Antártida. Cientistas britânicos que monitoram o local desde 2014 afirmam que tudo o que separa uma parte da plataforma Larsen C de sair flutuando pelo oceano é uma pontinha de gelo de 20 quilômetros de extensão. A rachadura que se abriu na plataforma tem 80 quilômetros hoje – a distância entre São Paulo e Campinas – e quase 500 metros de largura. Apenas em dezembro do ano passado ela cresceu 18 quilômetros.
Ninguém sabe quando a quebra ocorrerá. Os galeses do projeto Midas, da Universidade de Swansea, afirmam que ela é iminente. O engenheiro John Sonntag, da Nasa, que sobrevoou o local em novembro, se diz mais cético. Segundo ele, o rompimento pode levar vários meses para acontecer.
“Tudo o que sabemos é que o iceberg mais hora, menos hora, vai se soltar, e quando isso acontecer, reduzirá em cerca de 10% o tamanho da plataforma Larsen C”, disse Sonntag ao OC. “Por qualquer métrica, é um evento imenso.”
De fato, imenso é a palavra: o iceberg de 5.000 quilômetros quadrados seria o quinto ou sexto maior já registrado, e o maior na região da Península Antártica, a porção do continente gelado mais próxima da América do Sul.
Mas por que você deveria prestar atenção nisso? O que um bloco de gelo colossal quebrando no fim do mundo tem a ver com você?
Neste momento, não muita coisa. (A menos, claro, que você tenha planos de navegar pelo mar de Weddell em 2017.) O efeito mais temido de episódios de perda de gelo, o aumento do nível do mar, não ocorrerá neste caso. Isso porque a plataforma Larsen C, assim como todas as plataformas de gelo da Antártida, é feita de gelo que já está flutuando no mar. Pense num copo de refrigerante com gelo: quando ele derrete, o nível do líquido não muda.
O que deixa os cientistas de cabelo em pé com a Larsen C é que este episódio parece ser a realização sombria de uma antiga profecia sobre a mudança climática: a de que, num mundo em aquecimento perigoso, as primeiras vítimas seriam as plataformas de gelo da Antártida, e elas se esfacelariam de norte para sul, a partir da ponta da Península.
Essa previsão foi feita pelo glaciologista americano John Mercer em 1978. E encontrou sua realização justamente nas plataformas de gelo Larsen. Em 1978 elas eram três. Hoje resta apenas uma.
A Larsen A, a menor das três (veja o mapa), se rompeu em 1995. Na época pouca gente deu bola, já que não havia monitoramento frequente por satélites e a influência da humanidade no aquecimento da Terra apenas começava a mostrar sinais evidentes.
Em 2002 foi a vez da Larsen B, e a história foi outra: a desintegração da plataforma, que pareceu explodir em milhares de icebergs, foi acompanhada em tempo real pelos cientistas. O evento durou pouco mais de um mês, levando embora uma área de 3.275 quilômetros quadrados de gelo que hoje é mar aberto. O verão de 2002 foi um dos mais quentes da história na Península Antártica, que por sua vez é uma das regiões do planeta que mais aqueceram: cerca de 3oC desde 1950. Aquele foi um dos alertas mais poderosos já dados sobre a realidade – e o perigo – da mudança do clima.
O problema das plataformas de gelo é o efeito colateral de seu rompimento. Essas imensas línguas de gelo flutuantes funcionam como rolhas ou barragens, freando o escoamento das geleiras que nelas desembocam. Essas geleiras, caso escorram mais rápido para o oceano, podem, sim, elevar o oceano. A Península Antártica tem armazenado em seus glaciares o equivalente a meio metro de nível do mar. Confie em mim: você não vai querer todo esse gelo despejado na água.
Segundo Sonntag, a preocupação é que o rompimento do iceberg seja um sinal de enfraquecimento da plataforma, que deixe a Larsen C – a quarta maior plataforma de gelo do mundo, com 48 mil quilômetros quadrados, pouco maior que o Espírito Santo – suscetível a uma desintegração.
“Esses eventos de desintegração podem acontecer em poucos dias. É quase como bater com um martelo num painel de vidro”, compara o pesquisador da Nasa. “Se a plataforma for embora, todas as geleiras que a alimentam perderão seu freio e começarão a fluir muito mais rápido e a aumentar o nível do mar.” Foi exatamente o que aconteceu com a Larsen B. “Mas a Larsen B era muito menor e freava muito menos geleiras que a Larsen C.”
Um estudo publicado em 2015 pelos pesquisadores do Midas sugere que o rompimento do iceberg deixaria a plataforma numa configuração geométrica instável, favorecendo o colapso. Sonntag diz que não há como saber. “Mas certamente este evento não é um bom sinal.”
By André Bueno - Colunista ONDA|Biólogo
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